6 de julho de 2017

A voz do condoreiro bateu nas portas fechadas da escravidão para a liberdade entrar.

          
Há 146 anos, no dia 6 de julho, o “Poeta dos Escravos", o último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil (do Condoreirismo), nos deixava para habitar a Galeria dos Imortais.

Antônio Frederico de Castro Alves (1847 - 1871) assumindo o papel de “Poeta Social” tornou-se o “Poeta Condoreiro” que teve seu trabalho desenvolvido em duas vertentes: a lírico-amorosa e a social. “Ao mesmo tempo em que cantou às flores, às águas, à formosura da mulher amada, fez com que sua voz batesse em portas até então fechadas para que, combatendo, a liberdade entrasse".

“Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!”

Ao Mestre Castro Alves, por ter “cantado àqueles que não tinham voz: os escravos”, nossa lembrança, respeito e admiração.

Carlos Magno Corrêa Dias
06/07/2017